Do que vi, do que fiz, do que compus, do que andei
nos palácios, nas ilhas, nas selvas, nos astros da rainha do rei,
só ficou este repleto silêncio, a unânime solidão
que escorre, negro luar, de dentro para fora,
e desce a rampa onde enterrei a aurora.
De tudo, na tristeza de cinza de cada mão.
trouxe uma flor defunta e, na profundidade do meu chão,
dura lágrima que não usarei.
Abgar Renault
In: Obra Poética
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