quarta-feira, 26 de maio de 2010

RETORNO DE PASÁRGADA

Do que vi, do que fiz, do que compus, do que andei
nos palácios, nas ilhas, nas selvas, nos astros da rainha do rei,
só ficou este repleto silêncio, a unânime solidão
que escorre, negro luar, de dentro para fora,
e desce a rampa onde enterrei a aurora.
De tudo, na tristeza de cinza de cada mão.
trouxe uma flor defunta e, na profundidade do meu chão,
dura lágrima que não usarei.


Abgar Renault
In: Obra Poética

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