Passa o vento de outono
derrubando a tarde:
caem torres douradas,
folhas azuis caem.
E passa o tempo louco
derrubando os sonhos:
caem torres de amor,
trêmulas folhas caem.
No vazio cai,
sem fim, meu coração.
Nada pode salvar-me.
Deus sabe que estou morto.
Sobre mim passa um rio
de esquecimento sem remédio.
Acima cruzam flores.
Sei que ninguém me ouve.
Eduardo Carranza
In: 'Antologia Poética'
Nenhum comentário:
Postar um comentário