O Tempo é tema
ingrato, teclas de sono
sobre células ávidas:
Tapete perene
sob meus pés de sonho.
O Tempo cobre
de penas e alegrias
minhas tantas noites:
Confere novas cores
a meus dias di-versos.
O Tempo sofre
aparas, afere augúrios,
distribui o terror inédito:
Insólito e voraz,
ele cobra meus anos.
O Tempo enorme,
às vezes cálido e audaz,
abriga amor e medo:
Descobre self, sonhos
e faces que aflito exponho.
Jairo De Britto,
In Dunas de Marfim
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