quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Primavera eterna


A pátena do tempo é mais intensa,
Cobrindo o temporal e o intemporal,
Com um toque que o sonho não dispensa,
Como o mar que na praia põe o sal.

Não há no nosso amor porém as rugas,
Nem corre em nossas veias o cansaço,
Como em Bach os prelúdios geram fugas,
Sorvemos este bem em todo o espaço.

Desde cedo dedico-te, meu verso,
com a mesma imensidade, todos anos,
Tu és, posso dizer-te, um Universo,
Onde imperas com ares soberanos.


Amor de meu amor, amor eterno,
Que sempre em primavera torna o inverno.


Rio, 08/04/2008.
Ives Gandra
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