Senhor, põe-me, outra vez, à Tua frente
E faze-me encontrar o Teu caminho.
Perdido fui e sou, se de repente
Somente a mim me entregas e sozinho.
Quantas vezes me sinto diferente
E volto a ser, no tempo, descaminho!
Quantas vezes Te fito e sou descrente
E, no espaço, me faço agreste espinho!
Senhor, mostra-me sempre o Teu amor,
Qual tesouro enterrado num terreno,
Valendo mais que todos, pois que é vida.
E faze-me Teu filho no que for
A vivência daquele tom sereno,
Que me leva à chegada da partida.
Ives Gandra
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