Silentes e siameses,
...cheios de manhas e manhãs,
os gatos invadem a cama,
a alma, as mãos da amante
que os embala e revela.
Sonolentos e siameses,
cheios de sol e mormaço,
os gatos habitam a tela,
a sala, os quartos
da casa quieta
que os acolhe e alimenta.
Marotos e siameses,
cheios de gosto e luas,
minas de prata e preto,
os gatos divertem o mistério,
os cachorros, visitantes
e convivas do homem
que os tolera e consola.
Jairo De Britto,
em "Dunas de Marfim"
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