São dois cavalos de variado porte,
Cavalgando-os por sonhos, pesadelos,
Descubro o colorido de seus pêlos,
Atento aos pontos cardeais da morte.
Talvez ao branco, ao preto me reporte,
Levam-me (sem ouvir os meus apelos)
Aonde não sei. Quem poderá detê-los?
Assim talvez à ilha do sonho aporte.
Soam os dois quais músicas em dueto
E, ao vê-los, minhas lágrimas estanco,
Atos do herói que antes não fui – cometo,
Poemas de amor do coração arranco.
– Sou noite e morte no cavalo preto,
Sou dia e vida no cavalo branco.
Colombo de Souza
in Antologia Poética
(1.973)
Cavalgando-os por sonhos, pesadelos,
Descubro o colorido de seus pêlos,
Atento aos pontos cardeais da morte.
Talvez ao branco, ao preto me reporte,
Levam-me (sem ouvir os meus apelos)
Aonde não sei. Quem poderá detê-los?
Assim talvez à ilha do sonho aporte.
Soam os dois quais músicas em dueto
E, ao vê-los, minhas lágrimas estanco,
Atos do herói que antes não fui – cometo,
Poemas de amor do coração arranco.
– Sou noite e morte no cavalo preto,
Sou dia e vida no cavalo branco.
Colombo de Souza
in Antologia Poética
(1.973)
Nenhum comentário:
Postar um comentário