Eu fiz um poema belo
e alto
como um girassol de Van Gohg
como um copo de chope sobre o mármore
de um bar
que um raio de sol atravessa
eu fiz um poema belo como um vitral
claro como um adro...
Agora
não sei que chuva o escorreu
suas palavras estão apagadas
alheias uma à outra como as palavras de um dicionário.
Eu sou como um arqueólogo decifrando as cinzas de uma
cidade morta.
Ou vulto de um velho arqueólogo curvado sobre a terra...
Em que estrela, amor, o teu riso estará cantando?
Mário Quintana
In: Esconderijos do Tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário