segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DE REPENTE



Olho-te espantado:
Tu és uma estrela do mar.
Um mistério estranho.
Não sei...

No entanto,
O livro que eu lesse,
O livro na mão,
Era sempre o teu seio!

Tu estavas no morno da grama,
Na polpa saborosa do pão...

Mas agora encheram-se de sombra os cântaros

E só o meu cavalo pasta na solidão.


Mário Quintana
in O aprendiz de feiticeiro

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