quarta-feira, 27 de outubro de 2010

POEMA PARA UMA ROSA



Onde o nítido arco-íris
sumido em estradas neutras,
se tão longe fica o longe?

Era real despertada em cores,
é viva pintada em branco.
O vento em porto remoto
se perde entre o nunca e o sempre.


Vagueio a rotina do ar
na certeza sem contacto:
-quando o encontro cancelado,
bebido na enseada morta? –

Voltará, cortado o sono,
amanhecida na imagem.
Ando o Tempo e, já nas mãos,
afago a rosa ainda autêntica.

Colombo de Sousa
In: Estágio 1964

Um comentário:

  1. Linda suas poesias ,ja estou seguindo te convido a me visitar e me seguir tb bjs.

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