terça-feira, 27 de abril de 2010

INTERMEZZO

Quando subiu o pano da minha alma,
Em toda a platéia eu era só.
Que admira, pois, que se não ouvisse uma palma,
Mas apenas um silêncio de meter dó!
........................................................................
........................................................................
E o pano desceu, já não sobre a minha alma, mas sobre muitas almas ...
Eu lá estava no meu lugar já velho;
Como um espelho diante doutro espelho,
Uma floresta de mãos batia palmas!


Anrique Paço D’Arcos
in Poesias Completa

Um comentário:

  1. Olá amiga, tudo bem? Teu blog está cada vez mais bonito. Só um coração sensível poderia captar e transmitir tanta poesia. Bjs.

    ResponderExcluir