terça-feira, 2 de novembro de 2010

DE REPENTE



De repente, do bolso,
caiu-me o poema.
Um poema não escrito.
Que me lembrava um pássaro em vôo
para o azul mais inocente.
Um poema simples.
O poema mais puro.
Penoso era vê-lo assim,
pássaro branco, e cego,
sequioso de azul.



Alphonsus de Guimaraens Filho
In: Só a noite é que amanhece

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