quarta-feira, 7 de julho de 2010
O tempo parou
O tempo parou. Nada se move.
O vento grita como louco,
Mas tudo permanece no mesmo lugar.
As águas correm, mas são sempre as mesmas.
São os mesmos bezerros, as mesmas vacas,
O mesmo pasto verde, os coqueiros,
As paineiras, a cerca de arame farpado.
A terra não mudou neste lugar.
O sol nasce e morre no horizonte.
O galo canta com um anzol no bico.
Os pássaros e os peixes cantam.
As sementes morrem e nascem.
A figueira renasce, resiste.
O tempo não existe no paraíso.
José Carlos Brandão
*Nota do autor:
Este poema é do Vasqs. A ideia é dele, eu só escrevi.
Ele disse sentir-se lisonjeado e que me fez voltar à
metafísica – mas eu nunca saí, a metafísica está nas coisas
mais simples. É só extasiarmo-nos com a beleza – e estamos
fazendo metafísica.
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