Ouço-as gemer em convulsões estranhas
As árvores senis; choram os ventos,
Corre o pranto dos rios alvacentos
Pelas rugosas faces das montanhas.
O mar, fervendo em mal contidas sanhas,
Povoa o ar de queixas e lamentos;
Pelos vulcões, em vômitos sangrentos,
Expele a terra as cálidas entranhas.
No ocaso expira o sol todos os dias,
E se veste de luto pelo morto
O lago, o bosque, o vale, as serranias.
E à noite vem, com toda a mágoa sua,
Sobre as mágoas da terra sem conforto,
Velar, chorando, a compassiva lua.
Pe. Antônio Tomaz
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