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(Fotografia de Antônio Carlos Januário -MG- Brasil)
À noite, seguimos descuidados,
a vida é solta, árvores nítidas de aromas,
flores tão lágrimas de orvalho.
À noite sonhamos em um céu de metáforas
onde a mínima lua
é unha que arrepia segredos
estrelas são hangares pequeninos -
a sombra, um dócil lobo que nos chama.
À noite, rompemos degredos,
volvemos aos ninhos,
somos meninos -
infância distraída de seus medos.
Fernando Campanella
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